domingo, 14 de setembro de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

és humano

Luciana Brites
Depois de uma fase "humanista", me "senti" satisfeita por ser humana!
Fazer bira! ter ira ... calar ira...
Prazer grande é ser congruente! saber o que sinte, ser sincero.
saber que imprevistos bons acontecem todos os dias ...
( que a gente tenha sensiblidade para percebe-los )
desconhecida

terça-feira, 8 de abril de 2008

Pouco Interessante



Luciana Brites

Hoje lembrei de quando escrevi sobre fones de ouvido, de como eles me irritavam e da vontade que eu tinha de sair pela rua arrancando todos.
Também me recordei que logo que escrevi uma amiga respondeu perguntando se isso não era uma tentativa de chamar a atenção para mim, nunca neguei minha carência, mas inda creio que a idéia daquela época era romper com esse comportamento que é marcado como “normal” ou “bonito”.
Algum tempo passou, comprei os meus e percebo que já não concordo comigo.
Acho que pessoas naturalmente se consideram “não merecedoras” ( aqui me choco com as informações dos últimos jornais que recebo de Luzia e fico satisfeita por não ter televisão) e por isso se privam de muitas coisas, como por exemplo do contato com humanos ou...
Ei você que le ( você mesmo – exploda o narratario ) tinha outros planos para esse texto, queria escrever o que pensei a caminho do trabalho hoje. Mas acontece que uma criança de sete anos foi jogada de um prédio e outra era feita de escrava não posso/consigo deixar isso. Esta informação impregnada na minha mente não me deixa ter outros pensamentos – essa compaixão bem cuidada - e todas as idéias que tenho formado...
Me sinto tão abalada... Mas a biblioteca vai abrir e vou trabalhar normalmente ...



sinceramente... o texto anterior, que deixou de ser escrito era mais interessante... há
L.B.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

XuAa - TiBumm!



Luciana Brites




e o melhor ainda é que na faculdade nada disso muda...

fica só mais estupido e irritante

IuPii !!

Quino - Mafalda

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Vimei

Luciana Brites

começo a pensar que toda pessoa que busca compreender
pessoas sem distinção acaba chata...
voltei ao medo, (não do chato ), mas de pessoas...
Eu realmente acredito em pessoas, não quero mais jugar os humanos, estabelecer créditos...
mas é bastante difícil alcançar esse propósito porque eu ainda me sinto julgada (por mim e por outros).
tornou-se estranho saber que pensam no que pensam que eu penso
e isso esta me assustando de uma forma que foge ao meu controle.


Ainda não tenho maturidade para encarar.


( "Proteja-me
do que tenho nas mãos...
das fúrias,
mil fúrias incessantes que
existem dentro de mim
que me querem dizer algo,
são coisas... coisas
e mais coisas,
que não sei" )


alguem, por favor, fale alguma coisa!


internet

terça-feira, 1 de abril de 2008

"Macacos metafísicos" - gostei da observacao!

Luciana Brites

Li sobre uma experiência feita com macacos, em que foram apresentados aos animais, separados da mãe imediatamente após o nascimento, dois objetos, um poderia ser considerado a “mãe dura”( uma espécie de cilindro feito de arame, onde o filhote podia se alimentar) e outro a “mãe mole” ( um cilindro semelhante, mas feito de borracha e de um tecido esponjoso). E o macaco demonstra claramente preferência pelo segundo objeto citado.
Achei tão bonito isso, a busca pela segurança, pelo prazer que o outro pode proporcionar...
Sem interesse maior que o sentimento de acolhimento.
Lembrei do Mario de Andrade no Poema de Amiga:
“Estamos no interior de uma asa que fechou”
Agrada me muito essa imagem, é de uma proteção sensível. Tão precisa.
Que torna ainda mais estranho buscar concordar que talvez eles(macacos) só não tivessem fome...

Momix, grupo norte-americando de teatro e dança

segunda-feira, 31 de março de 2008

estupidar também é blablablice

Luciana Brites


Anton Ehrenzweig cita que Sir Herbert Read cita Bradley,


dizendo que a tarefa dos poetas não é a de revestir com imaginação as idéias conscientemente cultivadas;


"é produzir meio conscientimente uma matéria onde o leitor possa, se achar convenientes, extrair idéias"


( - notar o interessante "telefone-sem-fio" - )





- meio conscientemente - se achar - extrair -





pense nisso, eu vo durmi

L.B.

domingo, 30 de março de 2008

do Latim informatione


Luciana Brites

Ontem me falaram que esse treco ta mais pra um "diario" do que para informativo.


Obrigada pela crítica.


Vou estar tenta"NDO" atender as sugestões pois - o público é quem manda - nas "produções",


(eu não quero mudar essa realidade, é "tão" humana.)





oh! amado reconhecimento!


Coisa do comportamento "normótico" :


agir exclussivamente em busca de reconhecimento. Retrair tudo que pode espantar o "Freguês".


( o chato e o feio )





posso blablabliar mais nessa linha,


se alguem tiver disposto a devaniar...







Por agora só quero defender que, "talvez", exista informação cultural aqui,


- não percebe?! - (Provocações)





No mais, continuo a dar preferência a escrita "diarica": autofreguês eterno que me sou.


( seria estupido desconsiderar minha fonte de renda - Há )

Quino

Lar estranho Mar ...




Luciana Brites



"casa muito arrumada é sinal de inercias"



,mas no meu cais a rotina cai



as coisas surgem



as ideis fluem



Lar estranho mar




sexta-feira, 28 de março de 2008

Poética da Descontextualização


Luciana Brites


Tempo


Futuro do pretérito,

esse é o tempo que eu pedi!



Eu não posso dividir para falar:

isso significa algo

e esse outro...

Porque é indivisível.



Confrontando com janelas



mas é complicado falar sobre,

Não adianta eu explicar se vocês não forem voltar...



( anotações de uma aula de Morfossintaxe interessantíssima )

quinta-feira, 27 de março de 2008

"Cronicamente inviavel"



Assisti metade desse filme
( sai correndo pq tava atrasada, "pra varia" (estranho uma pessoa que faz "nd" sempre ta atradasada) )...

E recomendo...

Vendo pensei: se nao me acha-se uma merda, agora eu me sintiria uma.

talvez quando termina de assistir eu escreva mais...


Cambio desligo
...
...
("outra metade do filme assistida" depois)
Gostei do formato dele, mas ainda nao tenho uma opiniao sobre a visao ...
"ditatura da felicidade" me parece interessante, vo tenta pensa sobre isso ...
enquanto eu tomo um banho quente ou na hora de come meu miojo ( há )

quarta-feira, 26 de março de 2008

Um olhar arrogante não vai me incomoda hoje.
Exploda o costume de que para poder falar é preciso ter bases teóricas e só por meio dessas é possível defender uma idéia.
Poxa!
Vai dormi Platão, mas antes diga para meus amigos teóricos que pessoas podem pensar!
( isso me daria esperança de ser ouvida ).
Sabe! To cansada de conversas em que pessoas que não tem formação sistemática são menosprezadas.
Vamos devanear...
Esclarecer o que individualmente é lógico, mas que pode parecer apenas relações confusas ou idéias absurdas.
Eu to interessada em ouvir qualquer pessoa que esteja disposta a ter diálogos em que as pessoas sejam encaradas como pessoas e não títulos – idéias encaradas como idéias e não referencias – pensamento encarado como pensamento e não abstrações...
Foda se caso pense que defendo essa idéia porque não tenho gosto pela leitura.
Defendo o humano com muito gosto...
Reflexão ou técnica?
Pra começa uma dose de reflexão, com açúcar e gelo, por favor!

Percebeu alguma coisa?

Viva a Blablablice




blablabliar! ...
"Vc pode ate esquecer que a banana tem caroço"

terça-feira, 25 de março de 2008

"CADA PERSONA É UM MUNDO"


Mario de Sá Carneiro


De tudo houve um começo ... e tudo errou...

— Ai a dor de ser — quase, dor sem fim...

Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,

Asa que se elançou mas não voou...

(fragmento - Quase )


Desistamos. A nenhuma parte a minha ânsia me levará.

Pra que hei-de então andar aos tombos, numa inútil correria?

Tenham dó de mim. Co’a breca! levem-me prà enfermaria!—

Isto é, pra um quarto particular que o meu Pai pagará.

Justo. Um quarto de hospital, higiénico, todo branco, moderno e tranqüilo;

Em Paris, é preferível, por causa da legenda...

De aqui a vinte anos a minha literatura talvez se entenda;

E depois estar maluquinho em Paris fica bem, tem certo estilo...

(fragmento Caranguejola)
desconheco

segunda-feira, 24 de março de 2008

Solução Imediata

Luciana Brites
Combater a escoliose! A Frutose! E a Normose!
Acabo de conhecer um novo termo “Normose”, não sei muito sobre ele, mas interessou bastante, leia:
“ Normose - A patologia da normalidade ” (Pierre Weil).
e depois a gente ve quem mija mais longe nesse assunto...
Cambio Desligo
L.B.




quinta-feira, 13 de março de 2008

"prefiro nao citar nomes pq posso esquecer algum"

Luciana Brites

Acho que vim para o quarto porque fiquei com inveja, muita!
O certo é que, apesar de sentir cólera e solidão no quarto, me agradou ter saído de lá.
Acredito que as pessoas precisam sentir que não metem, para pelo menos algum ser.
Essa angustia que sinto por não gritar é mortal, tenho medo e o medo é de mim, inveja de outros: que parecem não ter medo.
Pareço irritante. É o que acho! É como me sinto. Porque eu quero que me descubram, mas não me atrevo a descobrir alguém. Será que ainda da tempo? Porque me falam muito de idade, de “fases da vida”. Cansei dessas desculpas, entende?
E é bem verdade que não gostaria de saber muita coisa.
Ter descoberto que as minhas idéias não vão passar, que a “fase” é um conto de fadas e que eles s-i-m-p-l-e-s-m-e-n-t-e são contados, todos sabem (que é irreal) que acontece.
São tantas etapas, tantas combinações, tantas formas ... - me acabe – suplicam.
Passou e não fui capaz de registrar a melhor parte.
Os risos sempre me entristecem, me vem as idéias vazias.
ME TIRA DAQUI!!!
A gente tenta e não sabe.
desenho e foto L.B.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

quanta tosquice!!


risos risos risos....
meias verdades...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

mais blablabla...




Luciana Brites


O mundo todo me cansa. Pessoas são “muito” humanas com seus cartazes que proíbem entrada de animais. Exploda toda essa mania de superioridade. Diga Olá pra merda que somos.Vamos, começar de algum lugar.
Vontade de me explodir.
Muito bem programado, para não saber nada, não me incomodar com nada e escovar bem os dentes. Um pensamento bem limitado. Oh! Essa minha mania de ser irritante, estou tão irritado. Quero sair correndo e gritando e chorando e cantando e ir ... só ir ...
E sei que nunca vou conseguir ...
To com medo sabe? Disso tudo...
Não sei, não sei e não sei
Vejamos! Temos um mundo e coisas para serem concertadas
Sabe! Estou exausta! Fatigada de tanta “moral”... tanto “bons costumes”

Então me arrumo com minha melhor roupa para ir tomar um sorvete com minha amigas e contar felicidades ( um constante combate de quem mija mais longe).
O meu mijo é curto e eu me curvo. Me odeia? Vamos ser amigos? Eu também não confio muito em mim.
E ai começamos a falar mal de um “eu” cheio de medos e coisas toscas. Genial somos.
Alugamos ternos e entramos de penetra em uma festa da alta sociedade para rouba-los e roubamos muito deles, enquanto dançamos e bebemos seus “drinks” chiques. Conversa de alto nível: “Veja meu amigo, parece que faturei mais que você este ano”.
Pegamos uma carona e chegamos a uma cidadezinha, parece um salão “granfino”, arrumamos nossas troxas e topamos em descansa neste lugar. Ate que chega uns cara grande e mal encarado e chutam a gente do lugar. Conversa de baixo nível: “veja meu amigo, parece que fraturei mais que você esse ano”.

poesia em pratos limpos

domingo, 27 de janeiro de 2008

"Honra e Liberdade"


Luciana Brites

Poema de meninha V

Resolveu fugir
Todos fogem quando setem
a garotinha pensava nos conflitos
fugir dela, ela queria
esconder-se

da vida

da comedia forcada
percebe o que ela diz?
Poema de meninha VII

Se alguem ganha
Ela pensa no derrotado
Nenhum todo é vencedor
Perde a batalha o outro
Uma batalha é a vida
É um conflito
Sem rodeios
Pode se perder
Luciana Brites

sábado, 26 de janeiro de 2008

"Ouça o que eu digo: não ouça ninguém"

Luciana Brites

Luz ligada

Foi o que a vizinha falou: quando viajar deixe uma luz acesa. totalmente plausivel assim possiveis ladroes podem pensar que tem gente na casa.
Calçada bastante suja, jornais acomulados na varanda, carro fora da garagem, nenhum movimento.
Passado um mes, carro na garagem e a casa volta ser apagada.

Luciana Brites

Preto Branco


Luciana Brites

Pois bem Barry! vamos lá...


Concorde! nem todos futeis são insuportaveis, nem todos insuportaveis podem ser remediados e nem todos remediados seram curados.
Repare: o que declarei é nada conclusivo...
Então parto para o que interessa: de nada é feito partes, a pesar dos muitos partidos.
Agora os melhores momentos da competição: Zé baum caiu no meio do "autodromo" depois de um belissimo "drible" e apesar dele ter quebrado o pescoço o lance foi completado com um extraordinario arremeso do Zé alguem...
Sim, hoje explico Barry, acontece que primeiro é necessario ter formado alguns conceitos, essas coisas ai de a ve com o pensar da gente...
Foi quando o copo quebrou, tive que varrer e colocar os cacos num jornal alem de escrever bem grande: CUIDADO VIDRO. Com tudo isso minha sede passou, agora tenho é vontade de beber muita agua e pouco copo.
Esta preocupado com o Zé baum? Sem probelmas! alem de ter morido ele só quebrou uma perna. Graças a Deus.
não sei

sábado, 19 de janeiro de 2008

Luciana Brites
Il faut oublier
¿y qué hago yo ahora?
risos risos...
a gente entende tudo...
"estamos a um click de qualquer informação"
(belissimo cliche nao? )
e agora?
"braços da venus acenando tchau"
num mundo [cao]tico
pessoas querem viver
e nem se setem
"amavam-se depressa e lavavam-se, e diziam: boa noite, boa noite. "
é só isso... Bom Dia e Boa noite
Dadaismo Espanhol

?


Luciana Brites

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

"Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle." Adriana Calcanhoto



Paulo Leminski





Enchantagem





de tanto não fazer nada


acabo de ser culpado de tudo





esperanças, cheguei


tarde demais como uma lágrima





de tanto fazer tudo


parecer perfeito


você pode ficar louco


ou para todos os efeitos


suspeitode ser verbo sem sujeito





pense um pouco


beba bastante


depois me conte direito





que aconteça o contrário


custe o que custar


desejaquem quer que seja


tem calendário de tristezas


celebrar





tanto evitar o inevitá


velin vino veritas


me parece


verdade





o pau na vida


o vinagre


vinho suave





pense e te pareça


senão eu te invento por toda a eternidade

Frida Kahlo



Graciosos cisnes tombam nesta terra ...

Smashing Pumpkins
Thirty-three (tradução)


Fale comigo em uma linguagem que eu possa entender

Alegre-me antes que eu tenha que ir

Imerso em pensamentos eu perdôo qualquer um

Enquanto as tortuosas ruas cumprimentam-me novamente

Eu sei que eu não posso me atrasar, o jantar está esperando na mesa

O amanhã é apenas uma desculpa qualquer

Então eu arrumo a minha gola e enfrento o frio sozinho

A terra zomba de mim debaixo de meus pesados pés

Na blasfêmia do meu andar estridente

A torre me guia para o meu amor e para minha casa

O sol nasce e morre novamente

Eu sei que conseguirei, o amor pode durar para sempre

Graciosos cisnes tombam nesta terra

E voce pode fazer isso durar, eternamente

Voce pode fazer isso durar, eternamente

E por um instante eu fiquei incosciente

Envolvido pelos prazeres do mundo

Eu viajei daqui para lá e de volta novamente

Mas nos mesmos velhos lugares eu ainda encontro meus amigos

Mistérios ainda não prontos para serem revelados

Simpatias eu estou pronto para recompensar

Eu me esforçarei, o amor pode durar para sempre

Graciosos cisnes tombam nesta terra

O amanhã é apenas uma desculpa

E voce pode fazer isso durar, eternamente

Voce pode fazer isso durar, eternamente
Crepusculo dos deuses

domingo, 13 de janeiro de 2008

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

"Vivre sa Vie" Jean-Luc Godard

Los Hermanos -
Todo Carnaval tem seu sim

Todo dia um ninguém josé
acorda já deitado
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo
Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada


Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz
Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado
Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?
Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz


Salvador Dali
anexo: http://petragaleria.wordpress.com/2007/07/19/4/

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Diz-me com quem andas e te direi se vou contigo.

Mario de Sá Carneiro
Dispersão


Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.
(O Domingo de Paris
Lembra-me o desaparecido
Que sentia comovido
Os Domingos de Paris:
Porque um domingo é família,
É bem-estar, é singeleza,
E os que olham a beleza
Não têm bem-estar nem família).
O pobre moço das ânsias...
Tu, sim, tu eras alguém!
E foi por isso também
Que te abismaste nas ânsias.
A grande ave dourada
Bateu asas para os céus,
Mas fechou-as saciada
Ao ver que ganhava os céus.
Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.
Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que projeto:
Se me olho a um espelho, erro —
Não me acho no que projeto.
Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha, dentro de mim.
Não perdi a minha alma,
Fiquei com ela, perdida.
Assim eu choro, da vida,
A morte da minha alma.
Saudosamente recordo
Uma gentil companheira
Que na minha vida inteira
Eu nunca vi... Mas recordo
A sua boca doirada
E o seu corpo esmaecido,
Em um hálito perdido
Que vem na tarde doirada.
(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...
E sinto que a minha morte —
Minha dispersão total —
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.
Vejo o meu último dia
Pintado em rolos de fumo,
E todo azul-de-agonia
Em sombra e além me sumo.
Ternura feita saudade,
Eu beijo as minhas mãos brancas...
Sou amor e piedade
Em face dessas mãos brancas...
Tristes mãos longas e lindas
Que eram feitas Pra se dar
Ninguém mas quis apertar
Tristes mãos longas e lindas
Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal...
Que me faltou afinal?
Um elo? UM rastro?... Ai de mim!,..
Desceu-me na alma o crepúsculo;
Eu fui alguém que passou.
Serei, mas já não me sou;
Não vivo, durmo o crepúsculo.
Álcool dum sono outonal
Me penetrou vagamente
A difundir-me dormente
Em urna bruma outonal.
Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida,
Eu sigo-a, mas permaneço,..
.....................................
.....................................
Castelos desmantelados,
Leões alados sem juba
.........................................
.........................................
Paris, maio, 1913


anexo: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.adeildemarques.jor.br/f_gloxinia.jpg&imgrefurl=http://www.adeildemarques.jor.br/floraismodulo1.htm&h=57&w=57&sz=2&hl=pt-BR&start=1&tbnid=Kf0T3J8M0YJ1rM:&tbnh=57&tbnw=57&prev=/images%3Fq%3DGlox%25C3%25ADnia%2Bdisper%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Binterna%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

chato de fazer feio

Luís Gonçalves
Quando o Recesso Chegar...

*Especial para o Diário de Cuiabá


Só voltarei pra casa após a décima saideira. Ficarei mais tempo na rua observando a paisagem do recesso. Falar de política hoje em dia é chato de fazer feio, mas viver o recesso é algo pra lá de criativo.


O recesso é a primavera da parada política. Uma espécie de moda prática do cotidiano encardido. Sem recesso não há estilo; não há poesia, e política sem poesia é uma dramaturgia pouco complexa.


O recesso é a quinta hora do chove mais não molha. Aumenta a auto-estima do cidadão. Depois do recesso até o chopinho não esquenta. O papo fica sarado na manteiga. E a hora extra volta a valer à pena.


Durante o recesso a cidade se enfeita e se veste de luz para blindar a vadiagem. A maquilagem é alegre e festiva. Até o flanelinha bom de papo inova e ataca de gorro vermelho com barbelas brancas.


Os estacionamentos dos shoppings ficam abarrotados e os carros de luxo transformam-se em meros coadjuvantes no enredo desse filme de alta temporada. O recesso detona com todas as tradições fora de época.


Nas repartições as gavetas são esvaziadas gradativamente e tudo é motivo de graça. Até aquele projeto que ficou pra ser discutido no final, dançou! Acabou! Findou o ano e o recesso atropelou a agenda.


Depois do recesso nada será como antes. Os cabides enganam os ternos amarrotados e com marcas de suco de tomate envelhecido. Toda a alegria enlatada durante o decorrer do ano resolve arrasar no recesso.


Se o recesso fosse o espetáculo já estaria com a bilheteria esgotada. Mas durante o recesso sempre cabe mais um. O recesso é um momento único. Um espaço onde não existe lugar pra demagogia.


O recesso é uma forma democrática de quebrar paradigmas. É o momento de todos mostrarem com quantos paus se faz uma canoa. Quem pode, pode! Quem não pode se sacode!


Após o toque do recesso, só vigora a lei da badalação. Todo cidadão é obrigado a arcar com a responsabilidade de curtir o agito e rebentar com a boca no balão. Sinceramente, sem recesso não dá!


O recesso existe para ressuscitar o velho. Fomentar a curtição e emancipar a estripulia. O recesso é o caminho perfeito para um carnaval inesquecível e cheio de mamãe eu quero fazer frescura.


Aff... Chega dar uma gastura! Ô louco!
Pato

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Eu sei nao é assim, mas deixa eu fingi...

Menudos
Não se Reprima -

Canta, dança, sem pararS
obe, desce, como quiser
Sonhar, viver, como eu
Pula, grita, oh oh
Não segure muito teus instintos
Porque isto não é natural
Saluceie para acordar um grito forte
Quando queira gritar
É saudável, relaxante, recupera
E faz bem a cabeça
Por isso canta, dança, grita
oh oh oh
Vá em frente entre numa boa
Porque a vida é uma festa
Não controle, não domine, não modele
Tudo isso faz muito mal
Deixe que a mente se relaxa
Faça o que mandar o coração
Por isso canta, dança, grita
oh oh oh
Não se reprima, não se reprima (3x)
Pode gritarNão se reprima (3x)
Dança, canta, sobe, desce, vive, corre e pula como eu!
Canta, dança, sem parar
Sobe, desce, como quiser
Sonha, vive, como eu
Pula, grita, oh oh
Chega de fugir de se esconder
E de deixar a vida pra depois
Como se tivesse o tempo inteiro
O tempo corre nada vai te esperar
Entra de cabeça nos seus sonhos
Só assim você vai ser feliz
Por isso canta, dança, grita, oh oh
Não se reprima, não se reprima 3x
Não se reprima, não se reprima
Pode gritar
Não se reprima, não se reprima 3x
Não se reprima, não se reprima
Pode gritar
Poesia em pratos limpos

domingo, 6 de janeiro de 2008

Muito a contra-gosto

Luciana Brites


Pois bem, estou farta disso que é “viver”, farta de estar farta... de “ser/estar”, de cansar das pessoas... de acha-las ridículas e de me achar ridícula ... estou com sono e não com vontade de sorrir me entende?
Exploda a gramática e todos os conceitos formados ... toda essa merda que não vai mudar ...
To cansada ... bem cansada ...
So queria não sentir este vazio... essa vontade de abandonar tudo
Esse remorso da sinceridade... essa falta de forças
Essas alternâncias estão me matando...
Tempos de paz mental, tempo de atordoamentos...
De onde vem tudo isso?
Essas coisas todas que doem dentro de mim...
Diz me o que é o sossego...









"A verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão."[Massimo Bontempelli]





sim, entendi! e agora?

quem da Sopa?

velhos tópicos, apenas re-adaptados aos novos momentos...


"Veja pelo lado bom, com esquizofrenia você nunca está sozinho. "

Mad World





(AQUI EU ME AUTOCENSURO)

Luciana Brites

Eu sinto, sei que esta aqui comigo agora, estou tão perdida, me dói tanto! Será que eles não percebem? Será que a vida deles é isso que eu vejo? Só queria poder gritar que a minha não é. Não é isso que eles podem tocar! Entende-me? Eu tenho idéias, vontades e um tufão de coisas que não podem ser reveladas. Só queria ser abduzida agora pra um lugar onde eu possa ser o que minha essência escolher e não essa merda toda da “moral”, quero andar nua e pintar quadros com meus pés correndo de um lado para o outro com meu cachorro e uma bola de tinta e quando terminar colocar no lugar do céu, poder sentir algo totalmente novo com a essência, com o sublime...
Estou indisposta hoje para coisas humanóides.
Estou tão cheia deles.
A vida é aprendizado? Não quero ser atriz! Consegue notar?
É muito teatro, muitas fantasias e mascaras e maquiagem de comportamento, as pessoas parecem muito umas com as outras, (sou pessoa) eu também me faço parecer...
(AQUI EU ME AUTOCENSURO)
Mantenho a peça, queria estar nos bastidores, atuar é doloroso, exige muito.
(só para não perder o costume)
Estou cansada...